PROJETO: Inclusão digital com incentivo a leitura
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Quando propomos o uso da informática por alunos com dificuldades no processo de Aprendizagem, aceitamos o desafio acima, proposto e entendemos:
a) Em relação ao uso do computador na Educação: O computador é entendido como uma ferramenta educacional e não como máquina de ensinar.(Valente,1993);
b) Em relação à escola: A escola é um lugar de acolhimento afetivo, troca de construção para o sujeito.(Weiss e Cruz, 1999);
c) Em relação ao aluno: O aluno é um sujeito que aprende. O ser humano é a um só tempo físico, biológico, psíquico, cultural, social e histórico. (Edgar Morin . 2000).
Suas dificuldades estão relacionadas a problemas nessas estruturas, algumas, inclusive, ocasionadas pelo processo de ensino fragmentado, como a exemplo do mais freqüente em alunos com dificuldades na aprendizagem da leitura e escrita, o de não saber para que serve a língua escrita e como ela funciona.
Não é à toa que a tecnologia promove mais autonomia entre os alunos. Com tantos recursos à disposição e com tantos objetivos a buscar, torna-se essencial saber definir o que é mais relevante em cada momento. Ao tomar decisões com consciência das suas necessidades, o aluno sempre acaba por desenvolver sua autonomia. E será que a autonomia dos alunos não é um dos objetivos mais importantes para se tentar atingir durante o processo educacional?
OBJETIVO• - Pôr as ferramentas da informática a serviço do desenvolvimento de habilidades mentais básicas, necessárias à aquisição da leitura e escrita por parte das crianças encaminhadas a biblioteca, promovendo sua auto-estima.
• - Utilizar a informática para ajudar as crianças a compreenderem a função social da escrita e para que ela serve, despertando-lhes, assim, o desejo de escrever corretamente;
• - Observar como as crianças aprendem e investigar sobre que mediação utilizar para que as mesmas avancem na compreensão do significado e da estrutura da escrita;
JUSTIFICVATIVASabemos que a principal característica dessas crianças compreende uma dificuldade de aprendizagem nos processos simbólicos: fala, leitura, escrita e aritmética. O principal papel da escola não é mais o de mera transmissão de informações. Hoje, exige-se que ela desenvolva nos alunos a capacidade de aprender a aprender (pensar), o que subentende bom domínio da leitura e da escrita. Tal construção se dá pela participação do professor, criação de espaços coletivos para a ação comum, pela utilização de multiplicidade de linguagens. Como mais um recurso poderoso para interagir com a língua materna, instância fundamental do aprender, a informática constitui uma fonte rica para a apropriação e desenvolvimento do processo de construção da língua escrita. Ler e escrever bem exige o prazer de fazê-lo; portanto, a aprendizagem deve ser “sedutora”, tendo o “encantamento”, a interação. Os recursos dos programas,os softwares, a Internet, e os jogos de alfabetização via informática favorecem sobremaneira a apropriação do código escrito com atividades que além de desafiadoras, portanto promotoras do pensar e do desenvolvimento da inteligência, são fonte de satisfação, com isso, reunimos a possibilidade do direito de ler e escrever com o lúdico do jogo e com a informática que é, para crianças e adolescentes, uma vertente de desafios, justifica-se que, além da intervenção de outros professores no LA, seja oferecida a esses alunos oportunidade para interagir também com a tecnologia informática, construindo seu conhecimento na relação com o outro, além da simples utilização a máquina.
ATIVIDADES• - Produção escrita com clara intenção comunicativa
• - Produções no computador a partir da audição de histórias lidas em voz alta pela professor para a percepção da estrutura do texto escrito;
• - Jogos de alfabetização (softwares que rodem no sistema Linux, ainda por adquirir);
• - Construção do alfabeto, formatando fonte, cor, tamanho e estilo em diferentes formas;
• - Consultas à internet para aprender e aprender com autonomia;
• - Jogos com as histórias em seqüência;
• - Trabalhos no computador com a estrutura completa da narrativa para que as crianças desenvolvam habilidades mentais favoráveis à competência lingüística;
• - Reescrita de textos utilizando o corretor ortográfico do computador;
• - Criação de um banco de dados ilustrado com palavras que as crianças consideram mais difíceis, trazendo-as da sala de aula, incluindo-se aí palavras, observadas nas produções, com problemas na ortografia.
PÚBLICOAtendimento experimental, com alunos e pessoas que sempre costumam visita a biblioteca a partir dos 12 anos de idade.
RECURSOS MATERIAIS• - Computadores ;
• - Os programas do sistema Linux;
AVALIAÇÃOSerá feita semanalmente, na reunião da equipe; trimestralmente, pelo coletivo dos professores do I e do II Ciclo durante a Avaliação das Turmas; semestralmente, pelo coletivo dos professores da Escola durante a Avaliação dos Serviços da Escola e, durante o processo, pela observação direta das crianças durante as atividades de leitura-escrita, bem como pelos registros nas fichas individuais das mesmas.
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA• http://www.centrorefeducacional.pro.br/edutecnol.htm
• http://www.educarede.org.br/educa/html/index_internet_cia.cfm
• http://www.educacaoonline.pro.br/art_conhecimento_tecnologia.asp?f_id_artigo=415
• http://www.bibvirt.futuro.usp.br/textos/teses/claudia_ed_especial.pdf
• http://www.centrorefeducacional.com.br/direitap.htm